A Força dos Povos Tradicionais na Preservação Ambiental e no Desenvolvimento Sustentável

Diante dos desafios globais impostos pelas mudanças climáticas, os povos indígenas têm se destacado como protagonistas na preservação ambiental e na sustentação dos ecossistemas. Seus territórios funcionam como barreiras naturais contra o desmatamento e armazenam vastas reservas de carbono, contribuindo diretamente para a mitigação do aquecimento global. Além disso, os saberes ancestrais sobre ciclos da natureza, manejo tradicional da terra e resiliência ecológica são ferramentas essenciais de adaptação às transformações climáticas. Valorizar e proteger esses conhecimentos, assim como assegurar a autonomia e a participação ativa das comunidades indígenas nas decisões ambientais, é garantir justiça climática e ampliar as possibilidades de um futuro sustentável para todos.

Neste cenário, a Synergia Socioambiental tem atuado como uma parceira estratégica na promoção do bem viver dos povos tradicionais, contribuindo para o fortalecimento institucional, a valorização dos saberes, o planejamento territorial e o desenvolvimento de sistemas produtivos sustentáveis e culturalmente adequados.

Na região amazônica tem contribuído para a autonomia, sustentabilidade e cultura, por meio do fortalecimento institucional dos povos tradicionais pilar essencial para assegurar sua autonomia e soberania sobre seus territórios. A consolidação de estruturas organizativas próprias e eficientes, aliada à transparência na gestão, tem ampliado a capacidade de interlocução com órgãos públicos e parceiros. Esse protagonismo organizativo fortalece a governança territorial e impulsiona modelos de desenvolvimento sustentáveis, alinhados aos modos de vida e aos saberes ancestrais dessas comunidades.

Contribui ainda com ações voltadas ao fortalecimento da proteção territorial, à valorização dos conhecimentos tradicionais e ao estímulo ao protagonismo das comunidades indígenas na defesa de seus territórios. Entre essas ações, destacam-se a elaboração de instrumentos de planejamento fundamentais para orientar estratégias sustentáveis, fortalecer a autonomia comunitária e garantir a continuidade dos modos de vida tradicionais.

Com o objetivo de impulsionar o desenvolvimento sustentável em comunidades indígenas, implementamos ações voltadas para a geração de renda e agricultura de subsistência. Reconhecemos a importância da geração de renda como meio de melhorar a qualidade de vida nas comunidades, sempre respeitando e valorizando os costumes, a cultura e os saberes tradicionais dos povos indígenas. Ao mesmo tempo, promovemos práticas de agricultura de subsistência que garantem a soberania alimentar das famílias, o resgate de conhecimentos ancestrais e o acesso a uma alimentação saudável e culturalmente adequada. Nosso trabalho é guiado por uma assistência técnica participativa, assertiva e fundamentada nos conhecimentos tradicionais, assegurando que as ações estejam alinhadas com os objetivos e necessidades das comunidades.

Além disso, contribuímos para a implementação de Sistemas Agrícolas Tradicionais (Sistemas Agrícolas Tradicionais (SAT)), que respeitam a realidade local e promovem a sustentabilidade ambiental, social e econômica. Por meio desses sistemas, fortalecemos: A melhoria dos cultivos agrícolas; A geração de renda local; A soberania alimentar e valorização e transmissão dos conhecimentos agrícolas tradicionais. Nosso compromisso é com o protagonismo indígena, a sustentabilidade e o respeito à diversidade cultural.

A Synergia apoia e fortalece os saberes tradicionais indígenas fator essencial para preservar a diversidade cultural e promover modos de vida sustentáveis. Esses conhecimentos ancestrais, como o manejo da terra e o uso de plantas medicinais, são fundamentais tanto para as comunidades indígenas quanto para a conservação ambiental. A sustentabilidade econômica regional deve respeitar as culturas indígenas, incentivando práticas como o turismo sustentável, a produção artesanal e a agricultura tradicional. É também crucial proteger os direitos culturais dos povos indígenas, reconhecendo sua propriedade intelectual e garantindo sua participação nas decisões que afetam seus territórios. A criação de espaços de diálogo entre indígenas e a sociedade contribui para uma convivência mais justa e respeitosa.

Promove ainda a valorização dos saberes tradicionais das línguas indígenas e das formas próprias de ensino e aprendizagem, contribuindo para o fortalecimento da identidade e da autonomia dos povos indígenas em todas as suas gerações. Com isso busca o respeito à diversidade cultural, linguística, social e ambiental.