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Como o mundo tem atuado em combate à desertificação

Publicado em: 17/06/2023

O Brasil e o mundo têm desenvolvido ações para o combate à desertificação, que ameaça a existência de ecossistemas, por conta das mudanças climáticas geradas por ações humanas.

Para isso, a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) tem demonstrado  interesse em cooperar com a Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD). Uma das propostas é o Programa Produtor de Água, que prevê uma recompensa aos produtores e produtoras rurais por ações de conservação do solo.

Além disso, durante a COP15, que aconteceu em maio de 2022, na Costa do Marfim, os países assinantes da UNCCD se reuniram para debater mais iniciativas, entre elas a Grande Muralha Verde, projeto em andamento há mais de 15 anos, que visa reparar, até 2030, mais de 100 milhões de hectares de terras secas na África.

Pessoa cultivando em meio a Caatinga, em combate à desertificação. Foto: Adobe Stock
Especialistas e instituações de todo o mundo têm atuado em combate à desertificação. Foto: Adobe Stock

O projeto propõe a criação de uma faixa de 8 mil km de extensão, que vai do Senegal até Djibuti e, para 2023, conta com a contribuição técnica da Embrapa, da Universidade Federal de Rondonópolis e da Agência Brasileira de Cooperação (ABC).

O Brasil no combate à desertificação

No Brasil, a Caatinga e o Cerrado são os biomas mais ameaçados pela desertificação. A Caatinga já perdeu mais de 6 milhões de hectares, sendo 280 mil deles em áreas com grande possibilidade de virar deserto.

No Nordeste, 94% das terras secas estão suscetíveis à desertificação, devido ao desmatamento e às secas severas que atingem a região, de acordo com o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).

Casa na Paraíba. Foto: Adobe Stock
Mais de 90% das terras secas do Nordeste estão suscetíveis à desertificação. Foto: Adobe Stock

Para combater à desertificação, especialistas têm trabalhado em soluções para reparar as áreas impactadas, algumas delas são:

  • Implantação de sistemas agroflorestais (SAFS): promove a recuperação da produtividade do solo degradado, melhora a estrutura e a fertilidade do solo e aumenta a diversidade de espécies plantadas;
  • Reflorestamento: prevê a regularização do ciclo hidrológico, controla os níveis de degradação do solo e da vegetação, sequestra carbono e reduz o efeito estufa;
  • Barragem subterrânea: promove menor perda de água por evaporação e maior proteção da água contra poluição bacteriana superficial.
  • Além disso, a Comissão de Educação da Câmara de Deputados aprovou, recentemente, um projeto de lei que prioriza a criação de centros de estudo e pesquisa sobre o combate à desertificação.

Assim, universidades, centros universitários e faculdades, localizadas em cidades de ambiente semiárido e com núcleo de desertificação, terão prioridade no credenciamento para realizar pesquisas.

Porém, mesmo como todas as iniciativas realizadas, a desertificação ainda é um desafio, por isso, o cuidado em outras frentes é necessário, como conter o avanço de áreas desertificadas. Entre essas frentes está o combate ao desmatamento, o trabalho de contenção da escassez de água, entre outros.

11 – Cidades e comunidades sustentáveis
13 – Ação contra a mudança global do clima

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