Publicado em: 29/01/2024
Somente no último trimestre de 2024, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) irá divulgar as suas estatísticas oficiais sobre a população trans, travesti e não binária no país, resultado da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde (PNDS), que começou no ano passado.
Até 2022, a população trans não havia sido considerada nos levantamentos oficiais, que contemplaram apenas a população bissexual e homossexual. O levantamento divulgado em 2022, inclusive, foi considerado o primeiro a trazer oficialmente o tema da sexualidade. Porém, recebeu diversas críticas de especialistas por não abordar identidade de gênero.
Na nova pesquisa, que teve início em outubro de 2022 – a primeira PNDS conduzida pelo IBGE – foram inclusas no questionário perguntas tanto sobre orientação sexual quanto identidade de gênero. Segundo o Instituto, essas perguntas foram uma demanda da própria sociedade civil. A estimativa é de que sejam visitados 133 mil domicílios, em mais de 2,5 mil municípios brasileiros.
A carência de dados oficiais sobre a população trans no Brasil, principalmente do Censo Demográfico, impacta diretamente na criação de políticas públicas e nas ações afirmativas que contemplem essas pessoas, por isso a demanda da sociedade civil e das organizações e iniciativas que atendem e dão auxílio a essa parte da população.
Até então, organizações como a Antra, Associação Nacional de Travestis e Transexuais, têm se pautado por pesquisas e estudos realizados por ela mesma, ou por outras instituições, para ter uma ideia aproximada de números que possam representar as pessoas trans no país. Mas alguns deles já podem estar defasados, considerando que a autodeclaração tem aumentado conforme avançam as discussões sobre o tema, a visibilidade, a representatividade, a inclusão e a luta contra a transfobia.
Um exemplo de estatística que ainda vem sendo utilizada é o levantamento de 2021, considerado inédito na América Latina, realizado pela Faculdade de Medicina de Botucatu da Universidade Estadual Paulista (FMB/Unesp). A pesquisa apontou que cerca de 3 milhões de pessoas no Brasil – aproximadamente 2% da população adulta – se consideram pessoas transgênero ou não-binárias.
A Synergia Socioambiental vem avançando cada vez mais na sua atuação no que diz respeito a valores como representatividade, inclusão e diversidade.
Em 2022, criou uma área de Sustentabilidade e Responsabilidade Social, escreveu sua Política de D&I (diversidade e inclusão) e realizou o seu primeiro censo – ambos analisados por uma consultoria especializada, contratada também para capacitar multiplicadores e multiplicadoras, assim como toda a empresa, sobre o tema.
Na comunicação interna e externa, a empresa atua, há mais de 3 anos, com uma linguagem escrita e visual inclusiva, não sexista, antirracista e não homofóbica, bem como recrimina abertamente toda forma de discriminação.
Cadastre-se e receba nossas novidades.