Publicado em: 15/01/2023
Realizada entre os dias 7 e 19 de dezembro, a COP15 – Conferências das Partes sobre Biodiversidade – firmou um acordo histórico para ajudar a conter a devastação da biodiversidade e dos recursos naturais.
O evento reuniu lideranças de todo o mundo em Montreal, Canadá, para traçar metas pela natureza, estabelecendo planos ambiciosos para realizar ações em prol da relação da sociedade com a biodiversidade.
Porta-voz dos países em desenvolvimento, o Brasil cobrou o compromisso dos países já desenvolvidos no financiamento da conservação da biodiversidade, como previsto na Convenção de Diversidade Biológica da ONU, desde 1992. Como visto na COP27, os países mais ricos têm relutado em assumir o compromisso de financiamento por causa dos valores, que podem chegar a trilhões de dólares.
O Brasil também reforçou que o Quadro de Biodiversidade Global (GBF) precisa ser guiado pelo senso de cooperação e solidariedade internacional, como parte do esforço entre todos os países para o atingimento das metas.
Um dos grandes destaques da COP15, o Marco Global da Biodiversidade – acordo feito entre os mais de 190 países participantes – tem o objetivo de proteger 30% do planeta até 2030 e obter uma ajuda anual de US$ 30 bilhões para a conservação ambiental nos países em desenvolvimento.
O Marco Global da Biodiversidade propõe 23 metas que incluem a conservação dos habitats terrestres e aquáticos, restauração dos ecossistemas degradados, aplicação das chamadas Soluções baseadas na Natureza (SbN) e o comprometimento com a redução de 50% dos riscos de pesticidas, entre outros produtos químicos na biodiversidade.
Além disso, grandes empresas e instituições financeiras deverão divulgar seus impactos e dependências sobre a biodiversidade, por meio de medidas legais e regulatórias adotadas no acordo.
Para a COP16, que acontecerá em 2024, na Turquia, os países têm o compromisso de revisar suas estratégias nacionais de biodiversidade e os planos de ação para as metas do acordo e da integração da biodiversidade em todos os setores, como agricultura, energia, mineração, turismo, pesca, infraestrutura, entre outros.
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