Cúpula da Amazônia: países participantes assinam o comunicado “Unidos por Nossas Florestas”

A Cúpula da Amazônia, realizada entre os dias 8 e 9 de agosto, em Belém (PA), reuniu autoridades mundiais dos países integrantes da Organização do Tratado de Cooperação Amazônia (OTCA), além de lideranças da Indonésia, de São Vicente e Granadinas, da República do Congo e da República Democrática do Congo. O objetivo do encontro foi debater ações para o desenvolvimento sustentável da Amazônia e ser uma prévia da COP30, que acontecerá em 2025, também em Belém. 

No primeiro dia de evento, o presidente Luís Inácio Lula da Silva reforçou a importância de ampliar a cooperação entre os países que fazem parte do território amazônico e destacou os principais temas que seriam discutidos na Cúpula: 

• Promoção de um desenvolvimento sustentável, prevendo a proteção ambiental e a geração de empregos dignos; 
• Medidas para o fortalecimento da OTCA; 
• Assegurar o espalho dos países com florestas tropicais na agenda global. 

Além disso, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, pediu o fim da exploração de Petróleo na Amazônia, tema que ganhou destaque após o Ibama negar um pedido, no primeiro semestre deste ano, para a perfuração de poços e extração de petróleo na Foz do Amazonas. 

Para firmar os debates da Cúpula da Amazônia, dois documentos importantes foram assinados. A Declaração de Belém, que destaca os assuntos de consenso entre os países participantes, além de 113 objetivos e princípios. 

E para finalizar o encontro, foi assinado o documento “Unidos por Nossas Florestas – Comunicado Conjunto dos Países Florestais em Desenvolvimento em Belém”, que reforça os compromissos com a preservação das florestas e da biodiversidade e com a redução dos fatores de desmatamento, a fim de evitar a transformação das florestas tropicais em savanas. Além disso, assegura o acordo de uma transição ecológica justa, que inclua as comunidades locais. 

O comunicado ainda manifesta a preocupação com o não cumprimento dos acordos de financiamento feitos com os países ricos, e aponta a importância da valorização dos produtos feitos nas florestas, que ajudam no crescimento econômico dos países em desenvolvimento. 

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